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A1 Team Portugal lutou até onde pôde na Holanda  
2008-10-05  
O primeiro fim-de-semana de corridas da temporada de 2008/2009 da A1 GP foi atípica para a equipa portuguesa que teve de fazer frente a um sem número de contradições. Mas, e à semelhança daquilo que já nos habituou, Filipe Albuquerque foi exímio no desempenho das suas funções, conseguindo contrariar todas as adversidades e desenvolvendo um trabalho base de preparação para o resto da temporada.

A chegada tardia do monolugar da A1 GP Team Portugal ao Circuito de Zandvoort não permitiu que Filipe Albuquerque pudesse conhecer a sua nova máquina, uma vez que ficou impossibilitado de usufruir das três sessões de treinos livres de ontem. O seu primeiro contacto aconteceu durante a sessão de qualificação que estava praticamente no final. As cinco voltas que efectuou permitiram-lhe sair para a ‘sprint race’ realizada hoje do 13º lugar da grelha.

Estava previsto para as quatro equipas que receberam os seus A1 GP Powered by Ferrari tardiamente a realização, esta manhã, de uma sessão de treinos livres de uma hora. Contudo, a equipa portuguesa não viria a usufruir da totalidade do treino, pois problemas com a pressão da água levaram Filipe Albuquerque apenas a cumprir cinco voltas.

Com um carro que lhe era praticamente desconhecido, o piloto de Coimbra partiu para a primeira corrida da temporada apenas com o objectivo de terminar a prova. Porém, viria a concluir no nono posto, muito perto dos pontos: “Fiz tudo o que me era possível. Com um carro completamente novo e sem grandes indicadores face ao seu comportamento, penso que terminar em nono, foi um óptimo resultado. Chovia bastante e foi muito complicado não cometer erros. Para além de que sentia claramente falta de andamento”, disse Filipe Albuquerque que ocupava o oitavo lugar quando a corrida foi dada por terminada, atribuindo-lhe assim a posição na volta anterior, o nono lugar.

Para a ‘Feature Race’ realizada ao início da tarde de hoje, o piloto do A1 GP Team Portugal chegou mesmo a liderar a corrida numa altura em que as equipas entravam nas boxes para fazer o primeiro dos dois ‘pit-stops’ obrigatórios. Contudo, uma situação de ‘aqua planning’ obrigou Filipe Albuquerque ao abandono: “O carro estava realmente com um bom andamento, sempre entre os mais rápidos. Fizemos um ‘pit-stop’ excepcional. Mas, a pista estava demasiado perigosa. A quantidade de água em pista desenhava verdadeiros rios. Quando entrei em pista após o ‘pit-stop’, ocupava o quinto posto e entrei em ‘aqua planning’. Os pneus estavam frios e na recta interior o carro escorregou. Ainda tentei controlar, mas naquelas condições foi impossível”, disse.

Apesar do desfecho, Albuquerque considerava que o fim-de-semana tinha sido produtivo: “Apesar de tudo, acho que dadas as condições, conseguimos fazer um óptimo trabalho. Carro novo, sem um único teste e com estas condições atmosféricas, fazer melhor, teria sido complicado. Acho que temos uma boa base de trabalho para desenvolver para a próxima corrida”, concluiu.

Luís Vicente, o CEO do A1 GP Team Portugal salientava o excelente trabalho desenvolvido pela sua equipa e pelo seu piloto: “Acho que fizemos o possível dentro do impossível. Depois de todas as adversidades acho que estivemos muito bem. A equipa esteve num excelente nível, trabalhando arduamente para permitir ao Filipe desfrutar o máximo do A1 GP powered by Ferrari. Em pista, o Filipe acabou por nos surpreender a todos. Esteve ao seu melhor nível e mostrou-nos que vamos ter condições para discutir as vitórias nas próximas corridas”, concluiu.

A ‘Sprint Race’ foi ganha pela equipa da Malásia pelas mãos de Fairuz Fauzy. A ‘Feature Race’ viu Loic Duval pela equipa francesa subir ao lugar mais alto do pódio.
 
 
   
 
 
     
 
 
 
 
 
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